quarta-feira, 12 de setembro de 2018

LÍBANO POR FRAZÕES PELO MUNDO PARTE 2



Continuando o passeio pelo Líbano.
7 dia de passeio
 Dia de conhecer o lindo vale do Kadisha, lugar de beleza ímpar, onde descemos bem próximos do Monastério São Elísio (maronita). As montanhas são belíssimas, e em todo canto há cavernas que serviram de esconderijo aos cristãos perseguidos. Não há como descrever aqui a beleza e o encantamento desse lugar. Seguimos para Bcharre, onde visitamos o Museu de Gibran, grande escritor libanês, que impressiona pela sua estrutura bem organizada, além de estar num lugar lindíssimo, cheio de roseiras e de frente para o vale. De lá seguimos para os Cedros de Deus, Horsh Arz El- Rab, lugar também mágico, lindo, com uma reserva de 400 cedros, mas em processo de expansão. Só há 4 florestas dessas em todo Líbano.
Antes almoçamos num dos restaurantes que ficam em frente, lugar super agradável e com um comércio bem ativo. Partimos então para a floresta, uma bela caminhada, e chegamos no lugar mais alto onde uma das árvores, atingida por um raio, foi esculpida pelo artista Rudy Rahmé. É uma beleza infinita de se ver. Nove figuras se destacam, entre bichos (tucano e veado), pessoas (mulher, família sagrada, um homem), um martelo, e várias imagens de Jesus, crucificado, de lado ou só uma face. Imperdível.
Voltamos para o comércio, depois fomos ao Monastério de Santo Antônio Sírio, maronita, em Koshaya, onde havia a primeira prensa do Oriente Médio. Há um museu no local e várias cavernas onde os monges se escondiam. Isso é uma característica do lugar, essas várias cavernas e os monastérios encravados nas 9 pedras, misturados à construção. A igreja de lá era toda formada dentro de uma pedra e chega a chover lá dentro devido à umidade. Voltamos pela cidade Btaaboura (de Temer) e tomamos o famoso sorvete de aisha (fruta local) no Salam. Paramos em Batroum para um banho de mar, mas a água estava muiiito gelada. Ficamos no bar Pierre and Friends, tomamos uma “Beirute” e voltamos para o hotel. Nem saímos para jantar, pedimos comida no quarto, o dia foi pesado.
8 dia de passeio
 Dia de passeio em Beirute. Fomos direto ao Museu de História, lugar pequeno, mas muito estruturado, onde pudemos acompanhar toda história do Líbano desde seus primeiros habitantes, na remota Idade da Pedra. Muito interessante o trabalho de conservação que os funcionários desenvolveram durante os períodos de conflitos, desde o ato de esconder as obras, de protegê-las, até sua restauração e nova exposição. As milícias usavam o museu como abrigo, e muitas das obras se perderam. Mas o que restou ficou muito bem apresentado, com valor histórico muito rico. Curioso também foi ouvir “As Bachianas” no filme de apresentação do Museu. Partimos para Downtown, onde visitamos a Praça do Relógio, o Parlamento, a Catedral Ortodoxa de São Jorge, o museu de ruínas romanas (embaixo), a Praça dos Mártires, as ruínas romanas de superfície, os Banhos Romanos (ainda bem preservados). Almoçamos um manouche no souk e fomos à Mesquita Al Amin, a maior de Beirute, onde no pátio externo tinha o túmulo do Rafik Hariri e seus seguranças, mortos no atentado a bomba em 2005.

Muito bonita e imponente, curiosa por se localizar entre duas igrejas, mostrando a tolerância entre as religiões. Ainda avistamos, ancorada no porto, a fragata “ Independência”, brasileira, que faz parte das tropas de paz da ONU. Fomos ao supermercado comprar temperos e azeite, voltamos ao hotel. Fomos ao Dalida Bar, onde assistimos o Dabke, a dança folclórica onde os locais participam muito, grande animação de todos; fumamos shisha, tomamos vinho de Zahle, e só não foi a noite perfeita porque tentaram nos enrolar na conta...
 9 dia de passeio
 Fomos direto para Tiro (ou Tyre, ou Sour). Cidade predominantemente mulçumana, porém, encontramos um recanto cristão, escondidinho após o porto: entramos na Igreja de Santa Maria do Mar, depois nas ruelas achamos vários restaurantes e pousadas super charmosas, entramos na Al Fanar para conhecer e tomar um café à beira do mar. Seguimos para as ruínas romanas perto da praia, cheias de mosaicos;
depois para o Hipódromo + arqueduto + necrópolis, bem conservados, muito interessante e grandiosos.
Fomos almoçar no mesmo restaurante de 3ª, o Saman, e dessa vez provamos um delicioso babarranouche, além dos sanduiches deliciosos e mais falafel. Partimos para Saida (Sidon), onde visitamos o Castelo dos Cruzados e fomos ao souk, onde chegamos primeiro ao Museu do Sabão, mantido pela Fundação Audi: descoberta por acaso, durante a reforma de uma casa, uma antiga fábrica de sabão do século 17 usava azeite nos seus produtos, muito comum nessa região. Depois fomos à Igreja de São Nicolau, lugar santo onde Jesus passou e houve o último encontro entre Paulo e Pedro (ali era a casa dele), através de uma passagem secreta que ligava o local ao porto, já que Paulo estava sendo levado para morrer em Roma. Era onde os cristãos se escondiam das perseguições, e foi edificada no século 7, metade católica, metade ortodoxa. Lugar de MUITA emoção.  Em seguida, fomos fazer comprinhas no grande souk, com muitas variedades e bons preços. Ainda em Sidon, visitamos o Palácio Francês, ponto importante de comércio da região. Voltamos para o hotel, comemos manouche e arrumamos as malas.
 10 dia de passeio
 Fomos para o Palácio Beiteddine,
erguido no século 18 pelo emir Bashir Shihab II, belíssimo, mescla o estilo árabe com o italiano barroco; construído com pedras, possui vários mosaicos recuperados das ruínas gregas e romanas. Interessante a área dos banhos e sauna, bem modernos para a época; foi tomado pelos Otomanos e o transformaram em residência do governo. Em 1943 virou residência oficial do Presidente. Após a guerra civil, Kamal Jumblatt comprou o castelo e o restaurou, assim como várias construções na cidade, e o transformou em museu.
Seguimos para o Castelo de Moussa,

famoso por ter sido todo construído por seu dono, para mostrar para uma moça que ele poderia ter um castelo. Apesar de não ter casado com ela, a estória se tornou emblemática e sua obra como construtor e artesão (fez também os bonecos que decoram a casa) o tornaram muito famoso. Há reproduções no seu interior de passagens da sua vida, na escola, no campo, com os parentes. Ele também colecionou várias peças antigas, incluindo joias, armas baús, uniformes, além de outros artefatos da história do Líbano. Tudo bem interessante. Almoçamos na cidade, Deir Al Qamar, no Al Midane, e comemos um delicioso cardápio árabe, com taboule, quibe, hommus, coalhada seca, etc. Entramos na Igreja Maronita de Saydet Al Telles, muito bonita. Curiosamente fica ao lado de uma Sinagoga, transformada em museu. Subimos para o souk, mais comprinhas, talvez o mais organizado souk da viagem. Voltamos para o hotel, antes parando numa venda para comprar xícaras árabes. Deixamos as compras no hotel e fomos comprar doces para levar para o Brasil. Jantamos novamente no El Falamanqui.
11 dia de passeio
 Dia livre, fomos ao souk de Beirute para as últimas compras e nos despedir da cidade. Almoçamos no Café Libanais, maravilhoso, autêntica comida da vovó, ainda com direito a suco de romã. Às 18:30h Julia foi nos buscar e nos levou ao Aeroporto.
 Minhas impressões: O povo libanês é muito hospitaleiro e simpático. Fomos sempre muito bem atendidos, salvo raras exceções. A comida é ótima e farta. O trânsito do Líbano, especialmente de Beirute, é caótico: ninguém respeita faixa, não usam capacete, param em qualquer lugar, 4 faixas se transformam em 8...buzinam o tempo TODO. Não há transporte público decente, portanto todos têm carro, e o dia todo fica engarrafado. O transporte para turistas acaba sendo o táxi e o Uber (que usamos bastante, sem problemas). Sobre os táxis, bem, táxi é táxi em qualquer lugar do mundo. Mas nada que não pudesse ser devidamente combinado ANTES da corrida (eles NÃO TÊM taxímetro). Em alguns lugares a limpeza deixa a desejar, principalmente nos pontos turísticos. A estrutura deles está sempre recomeçando, devido aos inúmeros conflitos e bombardeios. As praias urbanas estão poluídas. Os prédios bombardeados se misturam aos novíssimos, isso é muito curioso. Houve um programa político feito pelo Primeiro Ministro Hariri em 1994 chamado Solidaire (SLDR- Societé Libanaise pour Le Développement e La Reconstruction), para a reconstrução da cidade pós destruições. Muitos não quiseram dar ao programa seus prédios, então há vários ainda não restaurados. Claramente estão sempre em estado de alerta. Há Exército e polícia em todos os cantos. Mas nunca me senti tão segura: não vimos nenhum conflito, nenhum assalto, nenhuma violência. Há barreiras ou check points no país todo. A população é bem dividida em termos de religião: há cristãos, sunitas, xiitas e alauis; há drusos, ortodoxos, melquitas e maronitas. Todos convivem bem; todos se respeitam. Lá, o Hezbollah é adorado, pois é o partido que defende o povo e dá apoio ao Exército. Em compensação, não aceitam israelenses no seu território. Nem se pode ter carimbo de Israel no passaporte. Você simplesmente não entra no país. Beirute tem setores cristãos, mulçumanos, sírios e armênios. Eles não se misturam, têm sua vida própria. Percebemos isso a partir do hotel, que era localizado na Rouche, setor mulçumano, e logo depois do farol Al Manara se transforma em cristão.
 A maioria da população fuma muito, todos os cafés tem narguilé (ou shisha). As mulheres adoram. Eu adorei. E não confundam shisha com haxixe! Não é droga e não dá nenhum barato.
 As libanesas são lindas. Sempre bem maquiadas, mesmo de véu ficam deslumbrantes. Os rapazes também não ficam atrás, sempre com o cabelo e barba impecáveis e super bem vestidos. Eles dão muito valor à estética: os cirurgiões plásticos e dermatologistas são muito ricos. Alguma semelhança??
Nosso esquema de viagem foi perfeito: guia particular (Kátia) falando árabe e português (além de inglês), nos proporcionou compras, restaurantes, acesso a lugares, que não conseguiríamos sem sua ajuda. Ela foi o diferencial da nossa viagem, além de ser excelente fotógrafa. Ainda nos presenteou com azeite de fabricação familiar, uma joia! Nosso apoio em Beirute, a Júlia, também nota 10, foi incansável em nos proporcionar as reservas dos restaurantes, levar às compras e outros pedidos fora do comum, como conhecer a clínica dentária, fora nos acompanhar nos traslados do aeroporto. Fizemos um grupo de Whatsapp onde rapidamente éramos atendidos e auxiliados, chefiados pelo Luciano Asckhar, dono da agência no Brasil. O WiFI do hotel funcionava muito bem, e o dos restaurantes, nem tanto (mas dava pra chamar Uber quase sempre). Deu tudo certo. A grande maioria da população só fala árabe mesmo (por isso acho que um guia é extremamente necessário). Poucas pessoas falam inglês (só nos lugares turísticos) e o francês, só algumas pessoas mais velhas ou os universitários. Mas entendem nossa mímica e têm uma boa vontade fora do comum.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

LÍBANO BY FRAZÕES PELO MUNDO PARTE 1

    O Líbano foi uma experiência fascinante, uma busca de raízes, de cultura. Tem lugares lindos e respira história. Ficamos extremamente satisfeitos. O povo é forte e determinado, negociam como ninguém. São gentis e adoram brasileiros. É um lugar, sem dúvida, para ser colocado na lista de opções de viagem. 
    Chegamos  em Dubai às 23h de lá, após 14h de vôo, fuso de +7 horas. Era maio de 2018.
 Jantamos e pernoitamos no hotel da Fly Emirates. Saímos do hotel às 5:30h. Vôo às 7:30h (4h de voo), chegamos às 10:30h da manhã em Beirute (lá é 1 hora a menos que Dubai), já no dia 03/05.
Fomos recepcionados pela guia Julia Ibrahim, meio brasileira e meio libanesa, com cartaz muito simpático dando boas-vindas. Chegamos em 20 minutos no Hotel Lancaster e nos foi servido um suco de romã maravilhoso. Ela conseguiu um upgrade de quarto (suíte) e extensão de check out.
Saímos para um passeio pela Orla, paramos no Bay Rock para uma Almaza + hommus.




 Ficamos impressionados com a beleza do lugar, com vista para o Mediterrâneo e para a Rouche, monumento símbolo de Beirute. Também ficamos surpresos com a quantidade de gente fumando narguilé!! Saindo de lá fomos à loja de doces Ahmad Aouni Hallab e levamos 1 cx de meio quilo para o hotel. Sahtein!
Templo de Baco

 1º dia de passeio
 Kátia Khouri, nossa guia, foi nos buscar às 9h e partimos direto para Zahle, cidade dos meus avós Linda e Salim Duailibe. Passamos ao lado do rio Al Berdawni, demos uma voltinha na cidade e paramos numa lojinha de souvenirs onde o dono (Sr. Elias) falava português. Depois entramos no Centro Gastronômico e Kátia nos ofereceu um sorvete no Glaces Al Berdawni, o melhor do Vale do Bekaa. De pistache, uma delícia. Vale ressaltar que estavamos na primavera e o clima estava perfeito. Demos mais uma volta pela cidade e fomos para Baalbek visitar o sítio de ruínas romanas, maravilhoso, com ênfase ao Templo de Baco, muito bem preservado, ao lado do de Júpiter e Vênus. Estima-se que esse sítio tenha sido construído em cima de algo muito mais antigo, pré-dilúvio, pois há pedras colossais nas bases, não usadas normalmente nas construções romanas. São as maiores pedras encontradas em todo planeta!
  Paramos depois na Pedra Grávida, que é um exemplo desse tipo de pedra, que não chegou a ser usada nas construções. Ela pesa cerca de 1000 toneladas. Voltamos para Zahle, e no caminho almoçamos no Lakkis Farm , onde a esfirra era feita na hora com carne de cordeiro, tudo produção local(foto). A kafta também era deliciosa. Vimos o preparo do pão árabe, da esfirra, da massa, etc. Uma delícia!! Depois seguimos ao santuário Nossa Senhora de Zahle, muito emocionante, onde deixei um pouco das cinzas de meu pai, falecido em outubro de 2017, que não teve a oportunidade de viajar para lá. Compramos umas lembrancinhas e seguimos para a Vinícola Ksara,
onde degustamos os vinhos do Vale do Bekaa, num lugar muito interessante descoberto pelos jesuítas por acaso, quando seguiam uma raposa que queriam capturar. Havia no local uma vinícola ainda mais antiga, e a atual foi construída utilizando a estrutura descoberta.
Voltamos para Beirute e jantamos no El Falamanqui, localizado na orla, de frente para a Rouche.

2 dia de passeio
Saída para Batroum, a cidade da nossa guia. Visitamos a marina, a Igreja de São Estéfano, o souk (mas as lojas estão desativadas), e fomos à Parede Fenícia, que fica em frente à Igreja Santa Maria do Mar, e permanece em pé desde o século 1dc. Lindo lugar. Por perto existem várias igrejas ortodoxas: São Jorge, São Paulo e outras. A cidade é predominantemente cristã. Fomos também à Diáspora, lugar reformado pelo governo para abrigar visitantes (casas do Brasil, Canadá, EUA, Argentina, Rússia, etc) e servem também de Centros Culturais. Seguimos conhecendo as praias, restaurantes e clubes da orla e chegamos a Biblos. Almoçamos no Kaddoum Center, lugar de comida típica libanesa, onde comemos shawarma, delicioso. De lá fomos ao famoso souk de Biblos, cheio de lojas bem arrumadas e vários restaurantes. Descemos depois para o porto e fomos ao antigo Castelo dos Cruzados, que mistura construções e artefatos do período neolítico, dos cananeus, egípcios, fenícios, árabes, romanos, gregos, bizantinos, omíadas, mamelucos, otomanos e franceses (esses construíram uma casa lá). De cima se vê o mar e as construções de 8000 anos, inclusive um anfiteatro romano (transportado para lá de outro sítio perto). Vê-se até restos de trilhos, não se sabe bem de que época. Os fenícios eram o principal exportador de papiro para a Grécia. O local era de extrema importância estratégica. Biblos era a antiga Gubla ou Gebal, cidade fenícia que pode ser a mais antiga do mundo. Lá foi criado o primeiro alfabeto, inspirado nos hieróglifos egípcios, que deu origem ao nosso atual. É também aqui que surge a palavra Bíblia. No decorrer da história, os Cruzados tomaram o castelo e lá se tornou uma importante base militar.
Há também um pequeno museu com os artefatos encontrados. Saindo de lá, fomos em direção ao porto, passamos pelo famoso restaurante do Pepe, que fez um museu com os objetos encontrados no mar, de diversos períodos da história. Perto dali, existe uma capelinha de Nossa Senhora da Penha (Brasil). Passamos também na Catedral de São Marcos, mas não entramos porque havia um enterro. 7 Voltamos ao souk e esperamos anoitecer para sentir a agitação da cidade. Ficamos no Old Patio, onde comemos crepe e fumamos shisha (narguilé). Foi uma delícia. A cidade é cheia de gente jovem e animada. Voltamos para Beirute em táxi contratado pela Kátia. Chegamos ao hotel às 9:30h, ainda comemos uns docinhos antes de dormir...
3 dia de passeio
  Dia de eleição no Líbano. O povo estava bastante agitado e os partidos faziam campanha. As pessoas têm de viajar para votar nas suas cidades de origem e não podem transferir seu título. Soubemos que houve alguns conflitos, principalmente no Bekaa. Esse dia foi livre. Caminhamos pela orla até Zaytouna Bay, uma linda marina cheia de restaurantes. Tomamos uma limonada no Café Hamra e fomos de taxi ao Shopping ABC Verdun; compramos um livro sobre o Líbano e almoçamos no Roadster. Voltamos ao hotel, descansamos e fomos jantar no Em Sherif, restaurante com comida libanesa revisitada em estilo mezze
e com show ao vivo de cantor local. Foi a melhor comida da viagem, imperdível, além do restaurante ser lindo. A Julia nos cedeu seu motorista para nos transportar, foi muito tranquilo. Escutamos “fogos” comemorativos no final da apuração das eleições.
4  dia de passeio
Mais um dia livre. Julia nos levou à clínica dentária que ela se trata, a meu pedido, pois queria conhecer o funcionamento deles(curiosa para ver os colegas trabalhando). Foi uma grata surpresa, pois julgava que eles pudessem estar em situação inferior ao Brasil...ledo engano! Equipamentos italianos de ponta, bem desenhados, ergonômicos; central de esterilização de última geração, usavam autoclaves que eu nem conhecia. Muito organizada, visitamos as várias salas (tinha 6 consultórios) e vi que também usavam óxido nitroso. Fomos muito bem recebidos pelo dono da clínica e dentista da Julia, o Dr. Bassel Doughan, professor da Universidade do Líbano e membro da American Academy of Cosmetic Dentistry. Responsável pelos “Hollywood Smiles” das celebridades locais. Eles tinham ISO 9000. Adorei!! Depois Julia nos levou ao comércio de Hamra, fizemos algumas compras e Adnam nos deixou no souk de Beirute.
 Almoçamos perto do cinema, de novo no Roadster (comida americana). Passeamos, lojas do mundo todo, as melhores marcas estavam ali. Paramos para um chocolate no Angelina (igual ao de Paris) acompanhado de mille feuilles. Fomos à praça da Estrela (do relógio), voltamos ao hotel e descansamos. Fomos depois para o show de música e dança do ventre no Kahwet Azmi, onde nos divertimos muito. A dançarina era brasileira (Dayane) e o atendimento foi ótimo. Tomamos vinho de Zahle e fumamos shisha de novo, além de assistir os locais dançando o Dabke (dança típica) no restaurante.
 5 dia de passeio
 Fomos à Qana, na Galiléia...sim, o Líbano fazia parte dela. No caminho paramos para um café em Tyre, num local predominantemente xiita. Começamos pelo local onde supostamente teria havido o 1º milagre de Jesus, as Bodas de Caná (Qana). Depois seguimos para a gruta onde Jesus se escondia nas montanhas, um lugar muito especial, onde foram esculpidos em pedra Jesus e os apóstolos. Há uma linda vista para o vale. Fomos almoçar em Tiro (Tyre), comemos falafel num lugar super típico, o Saman (++), onde fomos muito bem recebidos (brasileiros geralmente são muito saudados no Líbano). Um lugar simples, mas com a comida deliciosa. De lá seguimos para Maghdouche, local onde Maria esperava Jesus enquanto ele pregava em Tiro e Sidon. Lá também havia uma gruta, onde foi construída uma capela, e ao lado foi edificada uma igreja, Nossa Senhora de Mantara (da Espera), maronita.
 Subimos o monumento, onde havia uma bela vista de Sidon. Fomos para a cidade e tomamos um café com docinhos no Al Baba Swets, imperdível.
Voltamos para Beirute, descansamos e fomos comer pizza em Zeytouna Bay, no Al Forno, para variar um pouco o paladar.
6 dia de passeio
 Amanheceu chovendo e o clima ficou mais fresco. Fomos à famosa Gruta de Jeita, local bem preservado e interessante, usamos um pequeno teleférico para chegar. Há duas cavernas abertas à visitação, uma superior que se anda a pé, enorme, cheia de formações milenares, onde se encontram formas variadas: cogumelos gigantes, bolo de noiva, naves espaciais, figuras humanas e animais, tanto de estalactites quanto de estalagmites. E há a caverna inferior, onde fomos de barco, bem menor, mas muito linda devido ao contraste da água cristalina e as formações. Adoramos. Jeita é considerada a 8ª maravilha do mundo. Seguimos para Junieh, onde pegamos outro teleférico (bem maior) e subimos até Harissa. Linda vista da cidade, mais alto que o Pão de Açúcar; paramos antes num dos restaurantes e almoçamos no Laura. Novamente muito bem servidos, lugar tranquilo e a paisagem espetacular. Partimos então (mais um teleférico) ao monumento Nossa Senhora de Harissa ou do Líbano, maronita, onde há uma estátua semelhante ao Cristo
e subimos junto com os peregrinos de todos os cantos. Muitos africanos e nepaleses nesse dia. Na parte de baixo há duas capelas e uma grande catedral em estilo fenício (parece um barco), onde cabem 5000 pessoas, realmente grandiosa. Depois fomos à Catedral Melquita de São Paulo, lindíssima, cheia de mosaicos nas paredes e teto, que fica ao lado da do Líbano.
Descemos os teleféricos, demos uma volta no comércio de Junieh, e voltamos ao hotel. Descansamos e saímos para jantar, mais uma vez ao Zeytouna Bay, onde havia uma ótima feira de produtos para casa e roupas/joias, e comemos no Leila, especializado em cozinha libanesa. Comi um fatouche dos deuses.