quinta-feira, 30 de maio de 2019

San Andrés, por Frazões pelo Mundo.


Somos os Frazões pelo Mundo.
Nossa viagem pela Colômbia iniciou dia 17/04/19.

Fomos primero a Bogotá e Cartagena, para finalizar em San Andrés nossa trip. Como já temos o relato de Samira, vou pular para o que interessa.


Dia 24 de abril pegamos o avião para a famosa ilha do Caribe...San Andrés é um capítulo à parte. Para começar, esqueça a Colômbia e os colombianos. Aqui é outra parada. Esqueça os Pablos e as Marias Josés, aqui vc vai encontrar Roses, Johnnys e Mykes. O povo parece mais com os jamaicanos que propriamente com a miscigenação que estávamos acostumados (índio+espanhol+negro). Temos aqui uma mistura de negro+inglês+espanhol. Eles têm um dialeto próprio, o inglês crioulo (mistura o inglês, espanhol e francês com africano). A religião é a batista ou anglicana, diferente do resto da Colômbia, predominantemente católica. A música...esqueça a salsa. Aqui é reggae e calypso.
De cara já pegamos um taxi no aeroporto para o hotel, caindo aos pedaços, e vc se pergunta se vai ser sempre assim. Pior que vai...mas quando vc chega no hotel e olha AQUELE MAR com 7 tons de azul, meu amigo, vc esquece da vida...e dos taxis.


Ficamos no Hotel Casablanca, ótima estrutura, quarto confortável, bem na orla e defronte de uma praia linda. Do lado, comércio maravilhoso. Lembra muito o Rio de Janeiro, com uma bagunça e irreverência familiares, com aquela boa mistura de gente: se vc é do Rio, vai entender o que estou dizendo. Espaço democrático.
Fomos comer um sanduíche rápido (hamburguesa) na orla e depois voamos para a praia: queria experimentar o famoso mar do caribe e saber o que tem de tão especial.
Descemos com sapatilha de praia e snorkel, que inicialmente achei um exagero, mas logo vc vê que TODO MUNDO está igual a vc. O mar é incrivelmente lindo, morno e limpo. Em qualquer mergulhada vc vê peixes. Coisa mais linda...apaixonei.
Descansamos e fomos tomar nosso drink de boas vindas. Passeamos pela orla e jantamos no Peru Wok, com ceviche bem gostoso.

25/04
Após o café (ótimo, por sinal), encontramos a responsável pelos passeios no lobby do hotel. Optamos por um passeio de barco na Ilha de Johnny Cay (uma ilha que tem em frente), outro passeio pelo Aquario e Haynes Cay e mais um dia de passeio de Mule (carrinho local).
Nesse dia fomos de novo à “nossa” praia (defronte ao hotel), passeamos um pouco e almoçamos numa hamburgueria ( Presto ). Ao chegar ao cais para o primeiro passeio, soubemos que o mesmo tinha sido cancelado. Voltamos ao hotel e pedimos para a responsável substituir o passeio perdido por algum outro programa. Ela arrumou um carro que nos levou a um Beach Club (Acqua Beach), na praia de Rocky Cay.


Um esquema bem gostoso, com praia ótima. Voltamos por volta das 18h e fomos jantar no melhor restaurante da cidade, o La Regatta . Lugar lindo, num píer, com uma decoração fantástica, serviço e comida nota 10. Inesquecível.



26/04

Dia de passeio de Mule pela ilha. Mule é um carrinho da Kawasaki que lembra um bate-bate de parque de diversões, com 2 marchas (1ª e ré), com velocidade baixa mas suficiente para rodar pelas estradas de San Andrés, que tem 32km². Já saímos munidos dos nossos snorkels e sapatilhas de mergulho.
No início dá um pouco de insegurança, mas depois vc vê que a maior parte da população se desloca de motos e lambretas (TODOS sem capacete) e ninguém tem pressa. Também quase não tem semáforos. A gente recebe um mapa com as principais atrações e vai parando nos locais que acha mais interessantes.


Nossa primeira parada, além do tradicional I LOVE SAN ANDRÉS (tem 2 locais para isso), foi o balneário de West View, onde há um pequeno toboágua e trampolins, pois o lugar é bem fundo. Aconselho alugar um “macarrão” para flutuar pois senão fica cansativo. Tem MILHARES de peixes, vc fica hipnotizado. É também o local onde tem os Aquanautas (vc veste um capacete e caminha por 20 minutos debaixo d’água vendo toda essa beleza). Ainda tem restaurante e drinks, um esquema bem rústico, mas preferimos continuar explorando as outras atrações.


Próxima parada foi na praia de San Luis, com um pouco de ondas e ao som de calypso e reggae. Tem um ritmo local chamado reggaeton (geralmente cantado em spanglish, uma mistura de inglês e castelhano), muito presente também, e claro, Michel Teló para não esquecermos do Brasil...
Passamos por mais locais paradisíacos e paramos no Donde Francesca, um restaurante bem bonitinho, tranquilo e com comida razoável (peixe com arroz de coco e patacones). Atendimento sofrível, mas o visual...maravilhoso; dava para observar os rapazes mergulhando em frente e trazendo seu almoço no arpão. Deu para descansar e seguir em frente.





Fomos então para o cais (tem vários) e pegamos o barco para o passeio que não fizemos no dia anterior. Chegamos num banco de areia e lá saltamos para nadar com as arraias, coisa mais linda, elas vêm praticamente no seu colo. Experiência única. Depois fomos para o Aquário, local com milhares de peixes e até tubarão pequeno. Outro lugar inesquecível. Mais à frente paramos em outro ponto, onde mergulhamos com pepinos, estrelas do mar e ouriços.


Voltamos pelo mangue e chegamos ao cais. Pegamos a Mule e devolvemos na porta do hotel. Descansamos, saímos para caminhar e depois jantamos no Barcarola, o restaurante italiano do hotel.

27/04

Fomos ao cais (outro) e pegamos o barco para Johnny Cay, uma ilha que faz parte do arquipélago de San Andrés. Ela é minúscula, mas tem toda infraestrutura para turismo, vale a pena o passeio de meio dia. Chegamos 9:30h lá e nos instalamos na barraca com cadeiras (35000 pesos, cerca de 40 reais) e aproveitamos a praia e mergulho com peixes, aqui em menor quantidade pois começou a chegar muita gente (era sábado). Demos a volta na ilha, mais fotos, vimos muita gente mergulhando. Almoçamos por lá, adivinhem o que? Peixe com arroz de coco e patacones kkkk.



Voltamos para a cidade, descansamos e fomos às compras. San Andrés é um Freeshop a céu aberto. Preços e ofertas imperdíveis. Separem uma grana para perfumes, cosméticos, mochilas, bebidas e relógios. Vale muito a pena, exceto se sua volta for pelo Panamá, que é mais barato ainda. Para terem ideia, um perfume no Freeshop de Guarulhos que custa 70 dólares (280 reais), vc compra em San Andrés por 180 reais ou 140.000 pesos. Como tem MUITAS lojas, a concorrência é muito grande. Compramos artesanato e fomos jantar no Sea Wacht Café, no próprio hotel.


28/04

Domingo na Ilha, dia de Maratona bem na frente do Hotel, mas sem impedimentos para darmos nosso último mergulho e nos despedirmos dos peixes e daquele mar morno, limpo e maravilhoso. E ainda: o comércio estava aberto!
Embarcamos enfim, para Bogotá, onde finalizamos nossa linda viagem.


Considerações:
O melhor da Colômbia são os colombianos. Não é confete. Lembrem-se do episódio da queda do avião da Chapecoense e da solidariedade do povo com o acontecido. Eles são extremamente simpáticos e solícitos.
Devido ao grande problema que tiveram no passado recente com as FARC e cartéis, o povo luta para se desvencilhar desse estigma e mostrar sua superação. Hoje a Colômbia é um lugar seguro. 
Os preços são muito parecidos com os do Brasil, pelo menos com os do Rio. Portanto, sem grandes surpresas ou choques, exceto ao pagar taxa de turismo em San Andrés (180 reais por pessoa; vc paga antes de embarcar pra lá) ou taxa para entrar na Ilha de Johnny Cay (12 reais, baratinha), mas coisa que nenhum blog nos alertou.
Enquanto Bogotá lembra muito São Paulo, Cartagena não me lembrou nada que já visitei e San Andrés lembra a Bahia ou Rio, guardando as devidas diferenças.
A Colômbia tem uma culinária rica, deliciosa, e com muitas novidades para o paladar brasileiro. Experimentei frutas que nunca tinha nem ouvido falar. O café é realmente ótimo. Os drinks são um capítulo à parte; vc não pode sair de lá sem tomar uma Piña Colada ou um Wisky Sour (sim, o pisco é raro e eles se viram como podem). Um detalhe: levem GoPro, fez falta... 
Em San Andrés, não fique com medo de comprar os perfumes baratíssimos, são verdadeiros. Quando são réplicas, eles avisam. É super engraçado os nomes dos falsos: “La Vie est Belle” se transforma em “La Belle Vie”.
Foi uma viagem singular, e confesso, que apesar da falta de leis, da bagunça organizada, da informalidade e de uma certa indolência, San Andrés conquistou meu coração, com seus 7 tons de azul, com sua água morna, seus peixes, corais, clima sempre ameno e seu arroz de coco imperdível. Andar de maiô e cabelo molhado o dia inteiro tem todo charme do mundo.




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