Somos os Frazões pelo Mundo.
Nossa viagem pela Colômbia iniciou dia 17/04/19.
Fomos primero a Bogotá e Cartagena, para finalizar em San Andrés nossa trip. Como já temos o relato de Samira, vou pular para o que interessa.
Dia 24 de abril pegamos o avião para a famosa ilha do Caribe...San Andrés é um capítulo à parte. Para começar, esqueça a Colômbia e os colombianos. Aqui é outra parada. Esqueça os Pablos e as Marias Josés, aqui vc vai encontrar Roses, Johnnys e Mykes. O povo parece mais com os jamaicanos que propriamente com a miscigenação que estávamos acostumados (índio+espanhol+negro). Temos aqui uma mistura de negro+inglês+espanhol. Eles têm um dialeto próprio, o inglês crioulo (mistura o inglês, espanhol e francês com africano). A religião é a batista ou anglicana, diferente do resto da Colômbia, predominantemente católica. A música...esqueça a salsa. Aqui é reggae e calypso.
De cara já
pegamos um taxi no aeroporto para o hotel, caindo aos pedaços, e vc se pergunta
se vai ser sempre assim. Pior que vai...mas quando vc chega no hotel e olha
AQUELE MAR com 7 tons de azul, meu amigo, vc esquece da vida...e dos taxis.
Ficamos no
Hotel Casablanca, ótima estrutura, quarto confortável, bem na orla e defronte
de uma praia linda. Do lado, comércio maravilhoso. Lembra muito o Rio de Janeiro, com uma
bagunça e irreverência familiares, com aquela boa mistura de gente: se vc é do Rio, vai entender
o que estou dizendo. Espaço democrático.
Fomos comer
um sanduíche rápido (hamburguesa) na orla e depois voamos para a praia: queria
experimentar o famoso mar do caribe e saber o que tem de tão especial.
Descemos com
sapatilha de praia e snorkel, que inicialmente achei um exagero, mas logo vc vê
que TODO MUNDO está igual a vc. O mar é incrivelmente lindo, morno e limpo. Em
qualquer mergulhada vc vê peixes. Coisa mais linda...apaixonei.
Descansamos
e fomos tomar nosso drink de boas vindas. Passeamos pela orla e jantamos no
Peru Wok, com ceviche bem gostoso.
25/04
Após o café
(ótimo, por sinal), encontramos a responsável pelos passeios no lobby do hotel.
Optamos por um passeio de barco na Ilha de Johnny Cay (uma ilha que tem em
frente), outro passeio pelo Aquario e Haynes Cay e mais um dia de passeio de Mule
(carrinho local).
Nesse dia
fomos de novo à “nossa” praia (defronte ao hotel), passeamos um pouco e
almoçamos numa hamburgueria ( Presto ). Ao chegar ao cais para o primeiro
passeio, soubemos que o mesmo tinha sido cancelado. Voltamos ao hotel e pedimos
para a responsável substituir o passeio perdido por algum outro programa. Ela
arrumou um carro que nos levou a um Beach Club (Acqua Beach), na praia de Rocky
Cay.
Um esquema bem gostoso, com praia ótima. Voltamos por volta das 18h e fomos jantar no melhor restaurante da cidade, o La Regatta . Lugar lindo, num píer, com uma decoração fantástica, serviço e comida nota 10. Inesquecível.
26/04
Dia de
passeio de Mule pela ilha. Mule é um carrinho da Kawasaki que lembra um
bate-bate de parque de diversões, com 2 marchas (1ª e ré), com velocidade baixa
mas suficiente para rodar pelas estradas de San Andrés, que tem 32km². Já
saímos munidos dos nossos snorkels e sapatilhas de mergulho.
No início dá
um pouco de insegurança, mas depois vc vê que a maior parte da população se
desloca de motos e lambretas (TODOS sem capacete) e ninguém tem pressa. Também
quase não tem semáforos. A gente recebe um mapa com as principais atrações e
vai parando nos locais que acha mais interessantes.
Nossa primeira parada, além do tradicional I LOVE SAN ANDRÉS (tem 2 locais para isso), foi o balneário de West View, onde há um pequeno toboágua e trampolins, pois o lugar é bem fundo. Aconselho alugar um “macarrão” para flutuar pois senão fica cansativo. Tem MILHARES de peixes, vc fica hipnotizado. É também o local onde tem os Aquanautas (vc veste um capacete e caminha por 20 minutos debaixo d’água vendo toda essa beleza). Ainda tem restaurante e drinks, um esquema bem rústico, mas preferimos continuar explorando as outras atrações.
Próxima parada foi na praia de San Luis, com um pouco de ondas e ao som de calypso e reggae. Tem um ritmo local chamado reggaeton (geralmente cantado em spanglish, uma mistura de inglês e castelhano), muito presente também, e claro, Michel Teló para não esquecermos do Brasil...
Passamos por
mais locais paradisíacos e paramos no Donde Francesca, um restaurante bem
bonitinho, tranquilo e com comida razoável (peixe com arroz de coco e
patacones). Atendimento sofrível, mas o visual...maravilhoso; dava para
observar os rapazes mergulhando em frente e trazendo seu almoço no arpão. Deu para
descansar e seguir em frente.
Fomos então para o cais (tem vários) e pegamos o barco para o passeio que não fizemos no dia anterior. Chegamos num banco de areia e lá saltamos para nadar com as arraias, coisa mais linda, elas vêm praticamente no seu colo. Experiência única. Depois fomos para o Aquário, local com milhares de peixes e até tubarão pequeno. Outro lugar inesquecível. Mais à frente paramos em outro ponto, onde mergulhamos com pepinos, estrelas do mar e ouriços.
Voltamos pelo mangue e chegamos ao cais. Pegamos a Mule e devolvemos na porta do hotel. Descansamos, saímos para caminhar e depois jantamos no Barcarola, o restaurante italiano do hotel.
27/04
Fomos ao
cais (outro) e pegamos o barco para Johnny Cay, uma ilha que faz parte do
arquipélago de San Andrés. Ela é minúscula, mas tem toda infraestrutura para
turismo, vale a pena o passeio de meio dia. Chegamos 9:30h lá e nos instalamos
na barraca com cadeiras (35000 pesos, cerca de 40 reais) e aproveitamos a praia
e mergulho com peixes, aqui em menor quantidade pois começou a chegar muita
gente (era sábado). Demos a volta na ilha, mais fotos, vimos muita gente
mergulhando. Almoçamos por lá, adivinhem o que? Peixe com arroz de coco e
patacones kkkk.
Voltamos para a cidade, descansamos e fomos às compras. San Andrés é um Freeshop a céu aberto. Preços e ofertas imperdíveis. Separem uma grana para perfumes, cosméticos, mochilas, bebidas e relógios. Vale muito a pena, exceto se sua volta for pelo Panamá, que é mais barato ainda. Para terem ideia, um perfume no Freeshop de Guarulhos que custa 70 dólares (280 reais), vc compra em San Andrés por 180 reais ou 140.000 pesos. Como tem MUITAS lojas, a concorrência é muito grande. Compramos artesanato e fomos jantar no Sea Wacht Café, no próprio hotel.
28/04
Domingo na
Ilha, dia de Maratona bem na frente do Hotel, mas sem impedimentos para darmos
nosso último mergulho e nos despedirmos dos peixes e daquele mar morno, limpo e
maravilhoso. E ainda: o comércio estava aberto!
Embarcamos enfim, para Bogotá, onde finalizamos nossa linda viagem.
Considerações:
O melhor da
Colômbia são os colombianos. Não é confete. Lembrem-se do episódio da queda do
avião da Chapecoense e da solidariedade do povo com o acontecido. Eles são
extremamente simpáticos e solícitos.
Devido ao
grande problema que tiveram no passado recente com as FARC e cartéis, o povo
luta para se desvencilhar desse estigma e mostrar sua superação. Hoje a
Colômbia é um lugar seguro.
Os preços
são muito parecidos com os do Brasil, pelo menos com os do Rio. Portanto, sem
grandes surpresas ou choques, exceto ao pagar taxa de turismo em San Andrés (180
reais por pessoa; vc paga antes de embarcar pra lá) ou taxa para entrar na Ilha
de Johnny Cay (12 reais, baratinha), mas coisa que nenhum blog nos alertou.
Enquanto
Bogotá lembra muito São Paulo, Cartagena não me lembrou nada que já visitei e
San Andrés lembra a Bahia ou Rio, guardando as devidas diferenças.
A Colômbia
tem uma culinária rica, deliciosa, e com muitas novidades para o paladar
brasileiro. Experimentei frutas que nunca tinha nem ouvido falar. O café é realmente ótimo. Os drinks são
um capítulo à parte; vc não pode sair de lá sem tomar uma Piña Colada ou um
Wisky Sour (sim, o pisco é raro e eles se viram como podem). Um detalhe: levem GoPro, fez falta...
Em San
Andrés, não fique com medo de comprar os perfumes baratíssimos, são
verdadeiros. Quando são réplicas, eles avisam. É super engraçado os nomes dos
falsos: “La Vie est Belle” se transforma em “La Belle Vie”.
Foi uma
viagem singular, e confesso, que apesar da falta de leis, da bagunça
organizada, da informalidade e de uma certa indolência, San Andrés conquistou
meu coração, com seus 7 tons de azul, com sua água morna, seus peixes, corais,
clima sempre ameno e seu arroz de coco imperdível. Andar de maiô e cabelo
molhado o dia inteiro tem todo charme do mundo.
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