Lyon é a terceira maior cidade da França, situada na região central do leste francês, na confluência dos rios Rhône e Saône, o que torna a cidade ainda mais agradável.
A cidade é conhecida pela sua gastronomia, leia-se Paul Bocuse ,e pelos seus monumentos arquitetônicos, alguns patrimônio da UNESCO.
Decidimos ficar na região mais central da cidade .
Assim como Paris é cortada pelo rio Sena, Lyon também é
dividida, não por um, mas por dois rios: Saône e Rhône (Ródano, em português).
Entre as águas desses dois rios, se encontra a Presqu’île, uma das regiões mais
charmosas e com maior concentração de
atrações turísticas.
Curiosidade: Presqu’île significa “quase ilha”. Não se trata
de uma ilha de verdade, mas sim de um pedaço de terra que vai afinando até o
encontro das águas de ambos os rios.
Assim escolhemos o Hotel Le Royal, que fica na praça Bellecour , onde tudo acontece e de onde você fica à pé de tudo.
Logo que chegamos, fomos conhecer a região do outro lado do rio, aonde mora nosso filho.
Reconhecimento feito, fomos para o Institute Lumière , que fica em Monplaisir, bairro histórico de Lyon, onde os irmãos Lumière projetaram seu cinematógrafo em 1895 que permitiu fotografar e projetar seu primeiro filme, La sortie des usines Lumière.
O museu é super didático, pois explica passo a passo como os Irmãos Lumiere inventaram cada um dos equipamentos, como foram evoluindo e até onde chegaram. Há todos os filmes antigos, uma linha do tempo enorme na parede e há todos os objetos e equipamentos utilizados pelos estúdios Lumière.
Há também uma área junto aos jardins aonde acontecem festivais de cinema.
De lá fomos jantar em uma das Brasseries do Paul Bocuse, sim você pode ir a restaurantes acessíveis do Paul Bocuse. Escolhemos a Brasserie de L'Est, situada numa antiga estação de trem. Um charme e deliciosa. Cada uma das Brasseries dele tem um tipo de comida.
Devidamente alimentados, voltamos à pé para o hotel, admirando a beleza dos prédios da cidade iluminados.
Vale a pena caminhar sem rumo pela Presqu'ile, classificada
patrimônio da humanidade pela Unesco, que concentra os distritos
(arrondissements) número 1, 2 e 4 e que concentra prédios que datam do século
12 até os dias de hoje.
Na Presqu’île se encontram algumas atrações que merecem ser
vistas:
A maravilhosa Ópera, construída em 1831 e, cujo projeto de
renovação do famoso arquiteto Jean Nouvel, em 1993, ganhou diversos prêmios de
arquitetura. Trata-se de uma surpreendente associação entre arquitetura
clássica e contemporânea. A mistura entre a fachada do século 19 e o topo em
estrutura metálica e vidro, típica do final do século 20, confere ao monumento
um aspecto peculiar.
A Place des Terreaux e sua bela escultura, projetada por
Bartholdi, que é também o autor da Estátua de Liberdade, presente oferecido
pelos franceses a Nova York, local
O Museu de Belas Artes, que ocupa o prédio de um antigo
convento de século 17 e cujo acervo reúne obras de Picasso, Matisse, Degas, Van
Gogh entre outros. No seu jardim há esculturas de Rodin. É fantástico.
A Place BelleCour que é a maior praça exclusiva para
pedestres da Europa. Que por estarmos nela, era nosso caminho diário para onde fóssemos.
No Quai Saint Vincent, esquina com rue de la Martinière,
você vai ver as curiosas pinturas murais de Lyon, como a que se chama Fresques
des Lyonnais – nela, podemos ver
moradores famosos da cidade como o chef-celebridade Paul Bocuse.Estas
pinturas são chamadas fresques murales e fazem parte do patrimônio cultural de
Lyon .
Em francês, prefeitura de chama Hôtel de Ville e a de Lyon fica em um prédio histórico lindo do século XVII.
É na Presqu'ile também que está o comércio incrível de Lyon.
Aos sábados e domingos pela manhã vale visitar o Marché Saint-Antoine Célestins, a feira mais famosa de Lyon.Tem um charme a parte pela vista linda, já que é na beira do Rio Sâone. Aproveite, nem que seja só pra olhar.
Brioche aux Pralines, típico.
Queijos típicos da região de Lyon.
Se você seguir até a colina, encontrará Croix Rousse .Este bairro também fica na Presqu’île, na colina da Croix-Rousse, mas não é tão visitado pelos turistas porque é bem residencial. Porém, é lá que estão tem cafés ,uma vida boêmia agitada, pequenos ateliês e uma vista linda da cidade. Para chegar na Croix-Rousse há a escadaria Montée de La Grand-Cotê, mas eu aconselho subir de funicular na estação Croix-Paquet e descer as escadas na volta.
Outro bairro imperdível, e muito turístico, é a Vieux Lyon. A parte histórica da cidade é Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, com calçadas de pedra e prédios centenários em suas ruelas apertadas. Perca-se por suas ruas.
Não deixe de visitar a Catedral Saint-Jean-Baptiste, que foi construída entre os séculos XI e XIV, mas passou por várias reformas depois de ter sido destruída pelas guerras. Ela tem um dos relógios astronômicos mais antigos da Europa .
Em Vieux Lyon é onde fica a maioria das Traboules, uma das atrações mais interessantes da cidade. São passagens quase que secretas entre os edifícios históricos, feitas, a partir do século IV, para que os moradores tivessem um acesso mais rápido à determinadas ruas da cidade. São mais de 200 passagens, que podem ser identificadas por azulejos quadrados nas portas.
É em Vieux Lyon que pegamos o funicular para a colina de Fourvìere. Pegue o funicular na Place Saint Jean, em Vieux Lyon por 5 minutos (1,80 €) e suba até Fourvière, a colina onde Lyon nasceu.
É lá que fica a Basílica Notre-Dame de Fourvière. A igreja merece uma visita de tão linda que ela é. Admire o salão principal e depois desça as escadarias para conhecer a outra igreja que tem no subsolo.Aonde tem inclusive algumas Nossas Senhoras de outros países, inclusive a nossa Aparecida.
Outra coisa que não dá pra perder é o mirante que fica do lado esquerdo da basílica. É de lá que se tem a melhor vista da cidade, com os rios Rhône e Saône cortando a Presqu’île, os prédios históricos de Vieux Lyon e a parte moderna em Part-Dieu, cheia de edifícios altos.
Voltando , à esquerda do teleférico, você encontrará um dos melhores Bouchons de Lyon. Mas o que são bouchons? São os restaurantes típicos de Lyon, que servem comida tradicional como salsichas, porco, tripas, patês. O Daniel e Denise é um dos melhores. Super recomendado e aprovado. Da entrada à sobremesa.
Na saída, voltando para o hotel, pudemos apreciar a Basílica iluminada, dominando o céu de Lyon.
Sendo uma cidade gastronômica, outro lugar imperdível é o Halle Bocuse. Um mercado repleto de restaurantes e lojas. É impossível ir lá e não se deliciar com as ostras que chegam frescas diariamente.
Outra região mais moderna, mas não menos interessante é a Confluence, aonde os dois rios confluem.
Descemos caminhando da Bellecour pela rua Victor Hugo, de pedestres e cheia de comércio.
Passamos pela Place Carnot, Estação Perrache, até chegar no Centro Comercial , super moderno e com boas lojas e restaurantes. Os prédios ao redor são todos de arquitetos famosos.
Seguindo bem ao sul, chegamos no museu que se propõe a contar a história do homem na Terra. Não há um acervo fixo ou um percurso sugerido: são várias salas temáticas, todas bem interativas, espalhadas por dois andares. No último piso do gigantesco prédio de vidro e aço há uma lanchonete com mesinhas ao ar livre de onde se tem ótimas vistas do bairro. A arquitetura do prédio do museu impressiona.
E para encerrar nossa estada em Lyon, um jantar na Brasserie Le Sud de Paul Bocuse.
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