domingo, 28 de julho de 2019

Um roteiro de carro pela Alsácia


A Alsácia é uma região histórica situada no nordeste da França, na planície do rio Reno. Fazendo fronteira com a Alemanha e a Suíça, a área esteve sob o controle alternado da Alemanha e da França ao longo dos séculos e reflete uma mistura dessas culturas.

Porém, apesar de a Alsácia pertencer hoje à França, são mesmo as iguarias de acento alemão que dominam os menus, a começar pelo chucrute, com uma seleção de embutidos típicos das duas nacionalidades: tem boudin noir, salsicha frankfurter e belos nacos de carne de porco curada. Para uma experiência autêntica vale a pena provar o presskopf, que é uma espécie de terrine, preparada com carne de cabeça de porco, incluindo cartilagens e uma espécie de gelatina. Pode acreditar, é uma delícia. Alsacianos apreciam uma gastronomia, para nós, um tanto exótica. Outra especialidade regional é a tête de veau, ou cabeça de vitelo, em bom português, prato substancioso, servido com molho rico e encorpado. 

Começamos nosso roteiro a partir de Lyon.
Usamos como base a cidade de Colmar.

Ficamos no Best Western Bristol Colmar, situado bem em frente à estação de trem. Confortável , próximo do centro de Colmar e com um estacionamento ao lado, o que facilitou muito,pois estávamos de carro.
Deixamos as malas no hotel, e seguimos para Eguisheim.


Escolhida em 2003 como uma das  vilas mais bonitas da França, Eguisheim faz jus ao prêmio e é uma agradável surpresa! A cidade possui apenas 1850 habitantes  e fica numa região produtora de vinho com mais de 330 hectares de vinhedos. A famosa rota do vinho da Alsácia passa por lá e essa é uma das mais lindas vilas para ser visitada.
Seguindo o charme das cidades da Alsácia, Eguisheim possui uma arquitetura peculiar, com ruas estreitas e circulares preenchidas com casas de madeira coloridas decoradas com diversos arranjos florais e fontes d’agua.
A vila é pequena mas cheia de detalhes  e o ideal é se perder pelas ruazinhas e explorar ao máximo sua atmosfera histórica e peculiar.A sensação de estar caminhando em um cenário de filme ou de livros de contos de fadas é inevitável. Chegamos no final da tarde, e a cidade já estava bem vazia.
Durante a caminhada pela vila você irá ver:
Um pequeno castelo do século VIII, onde nasceu o Papa St Leo IX ( 1002 -1054)
Capela de St Leo onde relíquias do Papa St Leo IX estão conservadas. Fica ao lado do castelo
 Fonte de St Leo localizada logo à frente do castelo e da capela de St Leo é uma das fontes mais lindas da cidade, datada de 1834 com capacidade para 80.000 litros, uma das maiores fontes da Alsácia.


Exemplo único de arquitetura civil e militar do século XV com ruas estreitas alinhadas com casas de enxaimel em torno das antigas muralhas



 A cegonha é o animal símbolo da Alsácia e é muito comum ver estes pássaros por lá. Por conta disso existem tantos souvenir no formato de cegonha! Vimos bastante ninhos com cegonhas.



Jantamos  em Eguishein no Le Pavillon Gourmand: Também conhecido como Traiteur P. Schubnel. 101 Rue du Rempart Sud, Eguisheim. 






No dia seguinte, fomos conhecer outras cidades incríveis da Alsácia,
 Kaysersberg , Riquewihr e Ribeuville .Todas muito próximas uma das outras.Curta as belas estradas, repletas de videiras.

Começamos por  KAYSERSBERG.
Com nome cujo significado é montanha do imperador, está a 14 km de Colmar. A posição estratégica permitia controlar por lá quem chegava da Alsácia e da Lorena. Teve uma história muito marcada por altas e baixas. Foi ocupada pelos militares desde a época dos romanos e transformada em fortaleza no século XIII, período de prosperidade em que estava sob o controle da família Hohenstaufen. Foi nessa época que se tornou cidade imperial (Santo Império) e se tornou grande exportadora.
O começo do século XVII, entretanto, foi muito difícil para Kaysersberg. A Guerra dos 30 anos deixou a região arruinada e a cidade só se reergueu na segunda metade dos anos 1600. No XIX se instalam por ali diversas indústrias têxteis e no XX a vila é parcialmente destruída pela II Guerra Mundial.
Tudo está mais ou menos concentrado na rua principal, a General de Gaulle, onde está a prefeitura, a igreja, a casa de banhos, e a ponte que proporciona uma das mais belas visões da região. Por ali também está a casa do mais famoso morador da região e Prêmio Nobel Albert Schwitzer.
Perto da ponte está a trilha para o castelo, curtinha e pouco íngreme.
O castelo imperial foi construído entre os séculos XIII e XVI e é um bom representante da arquitetura local desse período.










Na sequência, chegamos a  RIQUEWIHR. Uma pérola. Chegamos na hora do almoço e a cidade estava lotada. Estacionar não foi fácil.
No Marché de Nöel, que fica logo na entrada de Riquewihr, a mais graciosa entre as muito graciosas cidades da Alsácia.
Na barraca de embutidos,  prove lasquinhas dos mais variados salames, incluindo versões com carne de veado, javali e pato, com pimenta, ou com novidades, como mirtilo.A Alsácia é uma região de fois grás, tem muitas lojas especializadas e vale muitas comprinhas.
Subir a Grand Rue, ladeira que é a via principal do vilarejo medieval, cortada por vielas cheias de encanto em forma de lojinhas, padarias, adegas. O casario em estilo germânico muito bem conservado abriga caves de vinho, às vezes no subsolo, restaurantes aconchegantes e muitas lojas de suvenires.




 Como em tudo mais, a gastronomia típica da Alsácia se equilibra deliciosamente entre os sabores franceses e alemães.
 Fundamental é provar a torta de cebola e o queijo Munster, de sabor e aroma  intensos. E como era hora do almoço, paramos para nossa primeira imersão nessa iguaria. Adoramos tanto que ficamos viciados.

 A tradição das padarias da Alsácia é misturada, com tradições francesas como brioches fabulosos e madeleines fofas, e germânicas, como os pães rústicos com cereais , o pain des epices e uma versão com especiarias que se assemelha ao nosso pão de mel, mas sem chocolate em volta. Essas lojas estão por todo lado, para nossa perdição.






A cidade possui contruções originais dos séculos 15 e 16, entre elas o Dolder, uma torre que antigamente fazia parte da muralha medieval que cercava a cidade e é um dos edifícios mais altos da vila. Quase toda a vila possui raízes da mesma época e, como ela foi bem pouco afetada pelas guerras, boa parte das construções ainda são as originais. 
A cidade possui mais de 20 Winstubs, que são adegas onde se vende o vinho produzido na região. Muitas vezes os Winstubs estão localizados nos porões dos hotéis e comércio local, e você pode degustar os vinhos da região sem necessariamente ter que ir aos vinhedos! Alguns dão provas grátis dos vinhos aos seus visitantes, uma forma de publicidade para que você compre as garrafas das adegas. Outro lugar interessante é a loja de brinquedos Käthe Wohlfahrt, que é original da Alemanha mas que se instalou em Riquewihr para acompanhar a tradição de natal da região – um espetáculo.

No meio da tarde , seguimos para RIBEAUVILLÉ.
Como Ribeuavillé é maior,  estacionar o carro um pouco fora do centro, o que mesmo assim não foi fácil, e caminhar para chegar ao centro de turismo da cidade. 
Na região há três castelos alinhadinhos, que fazem parte da povoação de Ribeauvillé, o Girsberg-Stein, o Saint Ulrich e o Haut-Ribeaupierre. Em toda a cidade é possível avistar os castelos e lembrar que a nobreza estava sempre de olho na plebe, durante a idade média!


 O edifício onde está a prefeitura de Ribeauvillé é um dos pontos principais da cidade, além da casa Maison des Ménétriers, particularmente uma das casas mais decoradas da cidade.Também há diversos Winstubs pela cidade, onde é possível degustar os vinhos Riesling e Gewurztraminer, vinhos premiados e sim, maravilhosos.

Voltamos para Colmar e já seguimos para o seu centro histórico. Como estava  no horário do por do sol, a cidade foi se iluminando. Sim, como era Páscoa, a cidade além de lotada, estava com seus prédios , igrejas , pontes com iluminação especial. Sensacional.






Uma dica. Não deixe de reservar restaurantes , por um erro meu, reservei dois restaurantes para o mesmo dia, assim, não tínhamos reserva para esse dia. Tudo estava lotado, com espera de horas, assim terminamos jantando num indiano.O objetivo era o jantar no Winstub Brenner.

Um dos passeios que não pode faltar nessa região, é fazer um tour de bicicleta pelas rotas entre as cidades, passando pelos vinhedos.
Contratamos a Alsa Cyclo Tours. Escolhemos o tour guiado "The Alsace Wine Route", saindo de Colmar. Super recomendo. As bicicletas são elétricas, facilitando as partes íngremes do percurso. O guia começou fazendo um tour por Colmar, depois seguimos pelo "country side" até Eguishein, fazendo a rota dos vinhos, por entre os vinhedos. O site para reservas é esse :






O passeio foi de meio dia. Voltando a Colmar, fomos passear e realmente conhecer o seu centro histórico.
Estávamos mortos de fome,assim paramos no mercado de Colmar, que fica no centro da Petit Venice
para comer uma  flammekueches , aquela torta de cebola que mais parece uma pizza fina, que tem as mais variadas coberturas principalmente com queijos da região.



Alimentados, nos perdemos pelas ruas de Colmar.






A arquitetura mescla o neoclássico francês às fofas casas alemãs em enxaimel, aquele tipo de construção com estrutura de madeiras encaixadas entre si e que são preenchidas com tijolos ou taipa. Toda essa beleza é rodeada, em algumas ruas, por pequenos canais, o que conferiu a esse pedaço o nome de Petit Venice (Pequena Veneza).
A partir da estação, vemos a Igreja de Saint Martin, construída no século XIII. Depois a Maison Pfister, um dos símbolos de Colmar. A Maison des Tetes, é outro prédio famoso, com esculturas de cabeças de demônios e querubins, e hoje abriga um hotel.
Além do seu centro lindo,para quem curte museus, a grande atração é o Bartholdi, situado em nada menos do que o local onde foi a casa do escultor Auguste Bartholdi, que criou a Estátua da Liberdade. Mesmo se não quiser entrar e gastar com o ingresso, vale passar na frente que tem um pátio lindo com uma bela escultura!
Tem também o  Museu d’Unterlinden, com acervo riquíssimo, especialmente de arte da Idade Média Alta e do período da Renascença. 
Passear de barco pelos canais é uma vivência bem interessante também. Eles passam na porta de algumas casas e ao longo do trajeto é possível sentir um pouco do que é viver por lá.Infelizmente, as filas estavam imensas, e decidimos continuar nosso passeio à pé.


A gastronomia traz o chucrute e o foie gas, nascido na Alsácia, além das flammekueches (tortas que parecem muito uma pizza de massa fina), dos baeckeoffes (ensopado de carne com batatas) e muitos doces deliciosos.
Além dos incontáveis weinstubs — os restaurantes mais típicos, que oferecem pratos e vinhos locais, servidos em jarras — Colmar tem muitos outros endereços tradicionais. 
Não poderíamos deixar de desfrutar de uma refeição estrelada. Sim ,em colmar tem um restaurante com duas estrelas Michelin, o JY´S. Fica na beira de um dos canais da Petit Venice. A começar das entradas, foi uma degustação de sabores sensacional, os pratos principais , e as sobremesas. Super indico.






No dia seguinte, seguimos para Estrasburgo, parando no Castelo de Haute Koenigsbourg,um dos monumentos mais visitados de França. O castelo ocupava uma posição estratégica quando foi construído no século XII. A sua missão era monitorizar as rotas do vinho e do trigo a norte e da prata e do sal do oeste para leste. Foi reduzido a ruínas pelos suecos durante a Guerra dos Trinta Anos e, depois, foi deixado ao abandono. Em 1899, o Imperador Guilherme II encetou a reconstrução total do castelo, com o objetivo de aí criar um museu e, simultaneamente, simbolizar o regresso da Alsácia à Alemanha. Embora a construção seja recente, o castelo respeita com fidelidade a arquitetura da Idade Média. No interior, o requinte das peças é impressionante, com pinturas de parede, móveis do Renascimento e enormes fogões de aquecimento em ferro fundido. Uma coleção de armas da Idade Média encontra-se guardada na cave, com bestas, espadas de todo o tipo e armaduras.





Em Estrasburgo, nos hospedamos no Hotel Sofitel Estrasbusgo Gran Ile. Super bem localizado, com estacionamento. Perfeito. Mas se quiser um custo menor, atrás dele tem um Mercure.
Comece o passeio nos arredores da Catedral. Todo o entorno da Catedral é povoado de lojas, restaurantes, cafés, bares, e o movimento de pessoas em meio aos pintores e artistas de rua torna o clima do local impressionante.


 Se você ainda não tiver adquirido o seu Strasbourg Pass (o passe da cidade que dá direito a entrada nas principais atrações), a hora é agora: o passe pode ser adquirido no Office de Tourisme que fica na mesma praça (não tem como não achar). Ele é ideal para quem vai ficar por 2 ou 3 dias na cidade.


Aproveitamos e fomos fazer um passeio  de Batorama  já que Estrasburgo é uma das únicas cidades da França que tem o centro cercado por água. O passeio é feito em três grandes grandes etapas: a primeira é sobre a origem da cidade, há 2 mil anos atrás, e seu desenvolvimento até o meio do século XIX, a segunda etapa é a parte alemã, quando a Alsácia foi anexada à Alemanha entre 1870 e 1918, a última parte é um giro pela região mais moderna da cidade, onde encontra-se o Parlamento Europeu.  São dois tipos de trajetos: um de 45 que dá a volta na Grande Île (10 euros) e outros de 1h10 que inclui ainda o Quartier Européen (13 euros). Infelizmente na metade do passeio caiu uma chuvaaaaaa!!!! Sim eles tem capas, mas atrapalhou bastante.

Para a primeira noite na cidade , marcamos um jantar no Le Clou . Um winstub com comidas típicas. Onde provamos o maravilhoso aspargo branco, a Tete des Veau, escargots, e o baeckeoffe.  









Strasbourg é a maior cidade do Nordeste da França. Está situada perto da fronteira da Alemanha e faz parte da  região da Alsácia. É uma das capitais da União Europeia – junto com Bruxelas e Luxemburgo – e sede do Conselho da Europa, a Corte Europeia de Direitos Humanos, o Parlamento Europeu, entre outros órgãos. Seu Centro Histórico foi classificado como Patrimônio Mundial pela Unesco.
Fundada no século XII antes de Cristo pelos romanos sob o nome Argentoratum, foi governada entre os séculos IV e XIII pelos bispos de Strasbourg até que a população se rebelou e a converteu em uma cidade imperial. Foi só no século XVII que se tornou parte da França, após a conquista da Alsácia por Luiz XIV. Começaram então diversas disputas por ela. Com a Guerra Franco Prussiana, tornou-se novamente germânica, permanecendo até a I Guerra Mundial, quando voltou às mãos dos franceses. Na II Guerra, em 1940, foi tomada pelos alemães e, com o final dela, voltou a ser da França. Imagino o quanto a cidade não foi devastada por essas batalhas.
O centro histórico é incrível, perca-se por suas ruas.
A renomada Catedral Notre-Dame, situada na Grande Île (Centro antigo), a mais bela catedral da França do ponto de vista arquitetônico. De estilo gótico foi construída ao longo de mais de quatro séculos (1015 a 1439) e tem 142 metros de altura. Até o séc. XIX era a mais alta do Ocidente.Essa igreja traz uma riqueza de detalhes e esculturas incrível em seu exterior. É lá que está o famoso relógio astronômico (l’horloge astronomique), decorado com o estilo do Renascimento que data do séc. XVI e o belíssimo órgão.A entrada é gratuita, mas para ver o relógio astronômico sai 2 euros e para subir 5 euros. Os tickets estão incluídos no Strasbourg Pass, um passe válido por três dias que custa 21,5 euros e inclui diversas atrações, inclusive o passeio de barco, o que faz ele valer a pena para quem quer visitar vários pontos turísticos! Importante: a Notre-Dame fica fechada para visitação aos domingos.




A praça da igreja e os arredores são lindos. Logo ao lado está a Maison Kammerzell, uma casa histórica que funcionou como mercado e hoje é um restaurante.



 O Palais de Rohan, pertinho dali, construído em 1742,  foi residência de cardeais, sede da prefeitura e hoje abriga três museus: Musée des Arts Décoratifs, Musée Des Beaux-Arts e Musée Archéologique.
Na saída do museu, siga em direção as margens do rio Ill e contemple o visual impressionante. A sensação é de que basta apontar a câmera e tirar a foto para garantir o clique perfeito: casinhas refletidas na água, uma ponte ao fundo, flores, árvores e pássaros para compor o cenário perfeito. Cada ângulo vai se revelar como um cartão postal, e se você ainda não havia se apaixonado por Estrasburgo, é bem provável que esse seja o momento.



Na sequência, vale subir novamente em direção a Catedral, dessa vez pela agitada Rue Maroquin. A rua relativamente estreita e cercada por casas e pequenos edifícios de arquitetura em estilo enxaimel garantem o charme típico da Alsácia e da mistura entre França e Alemanha.
Bem pertinho dali, aproveite para visitar rapidamente a bonita Igreja Luterana de Saint Thomas. Construída no ano de 1196(!), a igreja de estilo gótico é apelidada de “a catedral do protestantismo alsaciano”. Apesar disso, ela é bem menos procurada pelos turistas e a visita pode ser feita de maneira bem tranquila.
O próximo passo é retornar para as margens do rio Ill, dessa vez em direção ao que é talvez a região mais bonita da cidade (difícil afirmar isso em uma cidade tão apaixonante como Estrasburgo). Sim, me refiro a Petit France. Inteiramente cortada por canais e margeada por casas em estilo enxaimel datadas dos séculos XVI e XVII, é difícil descrever em palavras a sensação de caminhar por cada cantinho dessa região. Aqui a dica é literalmente se perder e fotografar tudo que der vontade, ou simplesmente parar para contemplar a beleza do lugar.



Vá até a Barrage Vauban, barragem que data do século 17, para ter uma das vistas mais bonitas das Ponts Couverts. A Barrage Vauban é mais nova (foi concluída em 1690), e como o nome diz, é uma barragem para controle do nível da água do rio Ill. Ambas as construções tinham objetivos de defesa do território para cenários de guerra ou invasões.




Visitar as Ponts Couverts, pontes rodeadas por torres que eram utilizadas para a proteção da cidade. Construídas no século 13, as Pontes Cobertas ganharam esse nome por conta dos grossos telhados de madeira que as cobriam originalmente (os telhados foram derrubados no século 18, mas o nome permanece). Passar  na Terrase  Vauban, que faz parte de uma barragem antiga.  A varanda situada no último andar tem a mais bela vista da cidade. De lá se vê os canais, torres e até a catedral!
À noite, jantamos em outro  dos mais autênticos Winstubs do centro histórico, o Chez Yvonne. Comida alemã alsaciana , acompanhada de vinhos locais, produzidos nos arredores da cidade.Chega num ponto que você não mais quer chucrute.

Em mais um dia de Estrasburgo,pela manhã, exploramos a parte norte da Grand Île. 
Não deixe de visitar as Places Broglie e Kleber, duas das mais movimentadas da cidade e com boas opções de comércio, cafés e pâtisseries, além é claro da bonita arquitetura dos prédios.
Bem pertinho fica uma das mais antigas e importantes Igrejas de Estrasburgo, a Église Protestante de Saint-Pierre-Le-Jeune (São Pedro, o Jovem). Normalmente, com a igreja vazia, a visita pode ser feita bem rapidinho. 

De lá seguimos à pé , pelas margens do rio  até até o Quartier Europeu  aonde estão a sede do Conselho da Europa, o Parlamento Europeu e a Corte Europeia dos Direitos Humanos.
A caminhada é deliciosa, passando por parques. 




De volta ao centro,se você gosta de compras, este é um bom momento para dedicar um tempinho para passear por algumas das lojas mais legais da cidade. A Rue des Juifs é uma famosa rua de compras, mas como é voltada para roupas e produtos de grife a gente nem deu muita bola. Em Estrasburgo há também uma versão da luxuosa Galerie Lafayette.
Para quem curte lojinhas de souvenir, os arredores da Catedral de Strasbourg são recheados de opções. Muitos itens fazem referência a cegonha – a ave é símbolo de toda a região da Alsácia. Algumas lojas bem específicas que vale a pena visitar: Un Noel en Alsace (loja de artigos natalinos); Le Goût du Terroir (uma incrível loja especializada em queijos); Le Coeur D’Alsace (especializada em Pain d’Épices, uma espécie de “pão de mel” super tradicional da região); e para os amantes de cerveja, a sugestão é a Le Village de la Bière.

À noite, para finalizar, comemos uma maravilhosa tarte flambées no La Binchstub.



Sem dúvida, a Alsácia é uma região que deve fazer parte de um roteiro quando na França.